segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Casa de Cultura e Mercadão serão revitalizados

Os dois projetos vão custar ao todo R$ 8 milhões
Arquiteto faz apresentação do projeto


Depois de um ano de trabalho, foram entregues à Prefeitura de Mirassol os projetos de revitalização dos prédios da Casa de Cultura e do Mercado Municipal. A Casa de Cultura foi construída em 1927 e o Mercado Municipal em 1941. Os projetos foram doados ao Município pela Construtora “Pacaembu”, como contrapartida social sugerida pelo Prefeito Ricci Júnior. Ao todo, as duas obras irão custar R$8 milhões.
Os responsáveis pelos projetos são os arquitetos Arthur Henrique Soares Souza e Susanna Muntané Casanova, que têm vasta experiência no restauro de prédios históricos, inclusive com trabalhos desenvolvidos na Europa, com ênfase na Espanha, terra natal de Susanna. Os profissionais ainda contaram com o apoio do Departamento de Cultura, do Museu Municipal e da Fundação Cândido Brasil Estrela.

A ideia do projeto é manter a estrutura dos anos 50, realizando as adequações necessárias. Segundo os arquitetos, será mantida a sala de projeção do antigo cinema, que irá se tornar um museu dos equipamentos utilizados na época, incluindo o paletó utilizado pelo último projetista que trabalhava ali. No segundo andar, onde funcionava o antigo hotel, a ideia é instalar o Departamento de Cultura. "Toda a parte de prospecção será mantida, incluindo as pinturas, pois seria um pecado não preservá-las. O novo elevador e uma nova escada darão acesso ao mirante, que é a parte superior da Casa.Ali, poderá ser desenvolvido um barzinho, com local para apresentações, ou qualquer outro tipo de evento. A ideia foi manter o máximo possível da estrutura antiga, pois sei que existe muita gente na cidade com alguma história ligada à Casa de Cultura”, ressalta o arquiteto Arthur Soares.

Mercadão

O projeto do Mercado Municipal também exigiu um levantamento histórico para a sua elaboração. A ideia é estender o edifício até onde são as antigas peixaria e academia. “Queremos criar um espaço cultural-educativo lá dentro, com uma parte destinada a shows e apresentações em geral, além de salas para que sejam oferecidas aulas de pintura, artesanato, entre outras que se encaixarem no espaço. Na parte externa, queremos abrir espaço para a circulação de pessoas. Pretendemos criar ali um centro de lazer, além do próprio Mercadão, com capacidade de circulação para cerca de 300 pessoas. O projeto será direcionado principalmente às crianças e adolescentes, permitindo diversão e interação em uma área recreativa e histórica para a cidade. Na antiga academia, pretendemos abrir uma lanchonete, uma área de alimentação”.

Para o Prefeito José Ricci Junior, a ideia de criar salas anexas ao Mercadão é para empresas realizarem conferências, para a Banda Municipal “Juvenal Noronha” ensaiar e fazer apresentações, entre outras coisas. “Queremos proporcionar um conceito mais moderno de gerenciar áreas públicas. Não tem nada na cidade que se assemelha a isso: um instrumento cultural, comercial e empresarial juntos. Levando estas questões para o Centro da cidade, iremos movimentar a economia, a população e o crescimento de Mirassol”, disse Ricci Júnior.

“Achei ousada a ideia de manter as características antigas misturadas com a atualidade. Além disso, tem o amparo do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo, isso é muito importante, já que é o órgão que regula, regulamenta e fiscaliza todos esses patrimônios. Isso vai ser para Mirassol um presente fantástico e temos que ter orgulho, pois poucas cidades terão uma obra dessas”, disse Candido Adolfo Joia, da Fundação Cândido Brasil Estrela.

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