Os dois projetos vão custar ao todo R$ 8 milhões
Arquiteto faz apresentação do projeto |
Depois de um ano de trabalho, foram entregues à Prefeitura de
Mirassol os projetos de revitalização dos prédios da Casa de Cultura e do
Mercado Municipal. A Casa de Cultura foi construída em 1927 e o Mercado
Municipal em 1941. Os projetos foram doados ao Município pela Construtora
“Pacaembu”, como contrapartida social sugerida pelo Prefeito Ricci Júnior. Ao
todo, as duas obras irão custar R$8 milhões.
Os responsáveis pelos projetos são os arquitetos Arthur Henrique
Soares Souza e Susanna Muntané Casanova, que têm vasta experiência no restauro
de prédios históricos, inclusive com trabalhos desenvolvidos na Europa, com
ênfase na Espanha, terra natal de Susanna. Os profissionais ainda contaram
com o apoio do Departamento de Cultura, do Museu Municipal e da Fundação
Cândido Brasil Estrela.
A ideia do projeto é manter a estrutura dos anos 50, realizando
as adequações necessárias. Segundo os arquitetos, será mantida a sala de
projeção do antigo cinema, que irá se tornar um museu dos equipamentos
utilizados na época, incluindo o paletó utilizado pelo último projetista que
trabalhava ali. No segundo andar, onde funcionava o antigo hotel, a ideia é
instalar o Departamento de Cultura. "Toda a parte de prospecção será
mantida, incluindo as pinturas, pois seria um pecado não preservá-las. O novo
elevador e uma nova escada darão acesso ao mirante, que é a parte superior
da Casa.Ali, poderá ser desenvolvido um barzinho, com local para apresentações,
ou qualquer outro tipo de evento. A ideia foi manter o máximo possível da
estrutura antiga, pois sei que existe muita gente na cidade com alguma história
ligada à Casa de Cultura”, ressalta o arquiteto Arthur Soares.
Mercadão
O projeto do Mercado Municipal também exigiu um levantamento
histórico para a sua elaboração. A ideia é estender o edifício até onde são as
antigas peixaria e academia. “Queremos criar um espaço cultural-educativo lá
dentro, com uma parte destinada a shows e apresentações em geral, além de salas
para que sejam oferecidas aulas de pintura, artesanato, entre outras que se
encaixarem no espaço. Na parte externa, queremos abrir espaço para a circulação
de pessoas. Pretendemos criar ali um centro de lazer, além do
próprio Mercadão, com capacidade de circulação para cerca de 300 pessoas.
O projeto será direcionado principalmente às crianças e adolescentes,
permitindo diversão e interação em uma área recreativa e histórica para a
cidade. Na antiga academia, pretendemos abrir uma lanchonete, uma área de
alimentação”.
Para o Prefeito José Ricci Junior, a ideia de criar salas anexas
ao Mercadão é para empresas realizarem conferências, para a Banda
Municipal “Juvenal Noronha” ensaiar e fazer apresentações, entre outras coisas.
“Queremos proporcionar um conceito mais moderno de gerenciar áreas públicas.
Não tem nada na cidade que se assemelha a isso: um instrumento cultural,
comercial e empresarial juntos. Levando estas questões para o Centro da cidade,
iremos movimentar a economia, a população e o crescimento de Mirassol”, disse
Ricci Júnior.
“Achei ousada a ideia de manter as características antigas
misturadas com a atualidade. Além disso, tem o amparo do Condephaat (Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) do
Estado de São Paulo, isso é muito importante, já que é o órgão que
regula, regulamenta e fiscaliza todos esses patrimônios. Isso vai ser para
Mirassol um presente fantástico e temos que ter orgulho, pois poucas
cidades terão uma obra dessas”, disse Candido Adolfo Joia, da Fundação
Cândido Brasil Estrela.
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