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Se o texto for aprovado as cotas
deverão ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios,
considerando o tamanho de cada uma das populações de acordo com o censo do
IBGE, se houver sobra de vagas elas irão para os demais alunos. Também está previsto
na matéria que metade das cotas reservadas serão destinadas a alunos com renda
de até R$ 993,00 por pessoa, respeitando também o critério racial.
Agora o projeto de lei segue para
ser sancionado ou não pela Presidente da República, Dilma Roussef. Se aprovado,
o projeto prevê vigorar por dez anos, sendo revisado depois disso, com o
objetivo de verificar se o modelo deu certo.
De acordo com pesquisas
realizadas, o projeto mais do que dobra o número de vagas destinadas à cota. No
Brasil existem 59 instituições federais, ao todo há 52.190 vagas destinadas as
cotas, se aprovado o projeto, o número de cotas vai para 122.131, o que
significa um aumento de 134%.
Fim do
problema real da Educação Superior?
Essa nova medida do governo
federal não é o suficiente para resolver os problemas da educação do nível
superior no Brasil. Tendo em vista que, ao ingressar em uma universidade
federal, por exemplo, o estudante se vê diante de situações muito mais adversas
do que apenas a dificuldade em passar no vestibular.
Não podemos generalizar, mas, na
maioria das vezes um estudante da rede pública de ensino vem de uma situação
financeira menos favorável, o que resulta em dificuldades para o estudante se
manter na faculdade, já que para sobreviver e estudar ele precisa de moradia,
alimentação, material de estudo, transporte e outros, que pode significar muito
no bolso da família de um estudante de baixa renda. Enquanto o indivíduo que
estudou na rede particular sai na frente na hora do vestibular, ele conta
tambem com vantagens para se manter na faculdade.
Muitas universidades estaduais e
federais fornecem moradia estudantil e alimentação, mas a verdade é que não
abrangem nem ¼ dos estudantes na maioria das vezes, ou seja, os estudantes da
rede pública que agora vão ter a oportunidade de ingressar na rede pública de
ensino superior, vão encontrar muitas dificuldades para se manter estudando na
universidade.
Outro
problema real das universidades públicas no Brasil é a falta de vagas, que
apenas se dividem, e não aumentam. Ensino superior público tem que ser um
direito de todos e apenas dividir as vagas que já existem entre pessoas de
classes sociais diferentes, não vai resolver o problema maior.
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