Pequim
Fonte: Google |
O homem se constitui na sociedade e atinge o
progresso a partir do momento que aprende a transformar a natureza,
transformando assim, a si mesmo. Regiões e países mais ricos em matéria prima
(madeira, petróleo e minérios no geral), são extremamente visados por grandes
corporações empresariais, que produzem seu lucro, através da extração da
natureza. Esses grandes complexos empresariais por sua vez, normalmente têm
suas sedes instaladas em países desenvolvidos, e para manter sua posição sobre
os concorrentes, precisam extrair, produzir e vender cada vez mais. É
totalmente natural que multinacionais se instalem no Brasil, devido a grande
disponibilidade de matéria prima e mão de obra barata. Essa é a lógica do mercado, lógica do
consumismo.
Uma das principais consequências desse ritmo de
produção acelerada e inconsequente é o efeito estufa, é como se o planeta fosse
um grande motor trabalhando, liberando gases e calor, ficando extremamente
aquecido. O efeito estufa não é por si próprio o culpado disso tudo, ele sempre
existiu e é um dos responsáveis pela vida na terra, o problema se encontra no
seu aumento nos últimos anos, o que causa desequilíbrio no clima do planeta.
Nas ultimas Três décadas, foram registrados os anos mais quentes da história, e
olha que não se passaram nem dois séculos após a revolução industrial.
O que acontece com o
motor de um carro que aquece continuamente sem se resfriar?
Quanto mais industrializado for um país, maiores
serão seus índices de poluição. Os EUA é o país que mais polui no mundo
atualmente (consequência de um país altamente industrializado, movido pela
lógica do lucro e consumo). Responsável por quase 24% de todo o gás carbônico
mundial. O que significa que o modelo de vida “ideal” e “invejado” dos
estadunidenses não poderá ser mantido por muito tempo.
E o Brasil não fica muito atrás, já que é um dos
países que mais provoca queimadas em matas nativas, afim de “liberar” pasto
para a criação de gado, mais uma vez para movimentar a lógica do lucro e
consumo com a carne bovina, o leite e o comercio dos próprios animais.
O planeta não vai suportar tamanha carga de
poluição e vem sendo colocado em perigo pela lógica de uma sociedade
capitalista.
A extração de minérios (ferro, carvão), petróleo,
desmatamentos, queimadas de cana, fumaça dos carros (a frota de veículos no
mundo aumenta assustadoramente), plantações gigantes de soja e cana (quanto
mais se planta e colhe, mais se extrai a fertilidade do solo), a produção de
lixo eletrônico, os gases emitidos pelas indústrias, dejetos químicos, lixo
hospitalar, derramamento de óleo no mar, a sede das madeireiras, produção de
borracha, e etc. Tudo isso tem como consequência, uma poluição desenfreada dos
solos, da agua e do ar, além de provocar catástrofes naturais cada vez mais
frequentes, tudo isso a custa dessa irracionalidade ambiental, que financia o
comercio do lucro, consumo e exploração. Diante de tantas agressões realmente
violentas, a retirada das sacolinhas plásticas dos supermercados parece que vai
resolver tudo, mas não, essa é só mais uma lógica do mercado para persuadir a
sociedade e fazê-la acreditar que algo está sendo feito pelo mundo enquanto os
capitalistas continuam lucrando absurdos.
É necessário que se tenha uma visão emancipadora
geral. Olhar apenas a sua volta não é e não será suficiente para combater a
poluição no mundo. Nossa cidade não corresponde a uma fração de por cento do
grande mal do mundo, o que não quer dizer que está tudo bem. Não podemos deixar
o assunto de lado e poluir a vontade. É preciso aderir a lutas regionais,
nacionais e globais, e depois disso só vai caber a cada um decidir ser contra
ou a favor dessa sociedade que se caracteriza como “extratora” irracional da
vida no mundo.
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