Egipcios manifestam na praça de Tahrir
-Parte I
Desde o fim de 2010, uma onda de manifestações populares tem deixado
principalmente a chamada “elite” em alerta, ao redor do mundo. As preocupações
são proporcionais de acordo com o tanto que essas possíveis mudanças irão
interferir no bolso dessa classe.
O ponto de partida dessas mudanças foram países árabes do norte da África e do
Oriente Médio. Vários desses Estados, em sua maioria governados por ditadores,
sentiram a fúria de seu povo despertar e provocar mudanças históricas. Os povos
desses países se cansaram de tanta opressão ditatorial e se rebelaram, ganhando
força, inclusive, através das redes sociais, também fizeram reivindicações
sociais, políticas e pediam por democracia real.
Os casos iniciais mais famosos ocorreram na Tunísia, no Egito e na Líbia; nos
dois primeiros, milhares de pessoas foram às ruas e depois de muita
resistência, mortes e feridos, conseguiram derrubar ditaduras de mais de 30
anos. Um fato histórico conquistado pelo povo.
O caso mais violento foi na Líbia, onde uma guerra civil varreu o país e
terminou com a morte do chefe de Estado Muammar Al-Gaddafi. Após 42 anos a
frente do poder no país, o ditador que se negava a entregar o poder, foi morto
em um confronto com os rebeldes. Quase toda família do ditador também foi assassinada.
Qualidade de vida precária, desemprego, regimes autoritários, injustiça social,
somados a décadas de sofrimento, foram o gatilho de todos esses protestos, que
se arrastaram por outros países como o Iêmen, Argélia, Iraque, Marrocos, entre
outros.
Na parte II veremos como essa onda de insatisfação atingiu a Europa.
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