quinta-feira, 22 de março de 2012

O mundo quer uma revolução?

Egipcios manifestam na praça de Tahrir


-Parte I
Desde o fim de 2010, uma onda de manifestações populares tem deixado principalmente a chamada “elite” em alerta, ao redor do mundo. As preocupações são proporcionais de acordo com o tanto que essas possíveis mudanças irão interferir no bolso dessa classe.

O ponto de partida dessas mudanças foram países árabes do norte da África e do Oriente Médio. Vários desses Estados, em sua maioria governados por ditadores, sentiram a fúria de seu povo despertar e provocar mudanças históricas. Os povos desses países se cansaram de tanta opressão ditatorial e se rebelaram, ganhando força, inclusive, através das redes sociais, também fizeram reivindicações sociais, políticas e pediam por democracia real.

Os casos iniciais mais famosos ocorreram na Tunísia, no Egito e na Líbia; nos dois primeiros, milhares de pessoas foram às ruas e depois de muita resistência, mortes e feridos, conseguiram derrubar ditaduras de mais de 30 anos. Um fato histórico conquistado pelo povo.

O caso mais violento foi na Líbia, onde uma guerra civil varreu o país e terminou com a morte do chefe de Estado Muammar Al-Gaddafi. Após 42 anos a frente do poder no país, o ditador que se negava a entregar o poder, foi morto em um confronto com os rebeldes. Quase toda família do ditador também foi assassinada.

Qualidade de vida precária, desemprego, regimes autoritários, injustiça social, somados a décadas de sofrimento, foram o gatilho de todos esses protestos, que se arrastaram por outros países como o Iêmen, Argélia, Iraque, Marrocos, entre outros.

Na parte II veremos como essa onda de insatisfação atingiu a Europa.

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