"Os homens estão vivos, mas o seu amor está morto"
Autor: Roberto Freire
Escrito pelo psicanalista Roberto Freire, “Cléo e
Daniel” fala sobre as dificuldades da vida. A história é narrada na década de
70, mas a cada linha o autor descreve fatos que ainda estão presentes nos dias
atuais.
Ao mergulhar nas páginas de “Cléo e Daniel” o leitor vai
encontrar bem mais que um romance, Roberto Freire conseguiu colocar em cada personagem do livro um pouco da personalidade, dos
desejos e medos naturais, sentidos por cada um.
O livro tem como protagonistas dois adolescentes com sede
de vida, de libido. Para eles, o amor é o contrário da morte e não a vida, não
qualquer vida.
“Os homens estão vivos, mas o seu amor está morto.
Assassinado. Um matou a possibilidade de amor no outro. A lei é essa mesma:
amor por amor, para que não haja amor”,
trecho retirado do livro.
Apesar de estar no casal o desfecho central da história,
os dois só vão aparecer na metade do livro.
Rudolf Flugel, um psiquiatra em crise, é o narrador
principal da trama, que analisa sua própria vida e a das pessoas que estão ao
seu redor. Os temas mais abordados são o amor, a insanidade, a vida e a morte.
“Para compreendermos a massa é preciso estar bem acima
dela, numa posição e distância em que não nos possa contaminar e não seja
possível distinguir o que faz um de seus componentes”, destaca o autor em "Cléo e Daniel".
O escritor deixa sua marca da primeira até a última
linha, surpreendendo a todos com um final chocante.
Roberto Freire é paulistano
e criou e escreveu os primeiros episódios do programa “A grande família”, da
Rede Globo.
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